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Diz que se disse que as coisas não são bem do mesmo jeito como eram à uns tempos atrás. Pelo caminho deixo escapar que vezes há em que me sinto uma Gloria Gaynor, e me apetece cantar o I will survive noutro local que não na banheira. Deixas-me feliz quando, ainda que forçados, te consigo extorquir meios sorrisos. E assim as línguas se enrolam, pegajosas, à sonoridades das palavras. Quanto mais exdrúxulas, melhor. Deixam os discos tocar até ao fim, sem tomar muita atenção às letras ou às melodias. Acompanham a tonalidade baça das conversas a meia-luz, que não têm já razão de ser, mas que se evitam deixar morrer. Antes ficar assim. Enlutada numa letárgica melancolia pós-adolescente.
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