Abençoados enganos

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Os Durutti Column vieram tocar a Coimbra 2 vezes: uma à Queima das Fitas de 1988 ( na altura em que os cartazes da Queima das Fitas de Coimbra tinham tino e jeitinho). Há pelo meio relatos de um concerto na Discoteca Broadway (coisa que muito surpreendeu, até porque hoje em dia o referido local é uma discoteca de trintões e quarentões à procura do amor, e a minha mãe, vá-se lá saber porquê, sempre me disse para nunca lá entrar que não era sítio com boa fama), mas desse espectáculo, registos, nem vê-los. Começo seriamente a pensar que nunca chegou a acontecer. O outro concerto oficial foi no Teatro Académico Gil Vicente, em 1995 onde se apresentaram acompanhados por, nem mais nem menos que Peter Hook, o senhor dos Joy Division e mais tarde New Order (sniff, sniff, que eu nunca vou ver em concerto porque eles acabaram, sniff sniff, mas pronto, adiante). Eu conheço quem tenha estado no concerto e com todos os poderes do meu dedo mindinho (que é extremamente poderoso) eu os invejo. Mas como também os amo de paixão contento-me por, deleitada, ouvir o relato dos acontecimentos dessa noite. Nessa altura em tinha os meus tenros 12 anos, e não me lembro de os meus pais alguma vez terem sido fãs dos Durutti Column, muito menos saber sequer quem eles eram. Mas gostava muito que tivessem entrado na sala por engano, assim como quem procurava o auditório onde estava o Joe Dassin a actuar, e se tivessem deixado ficar. A minha vida tinha, certamente, mudado nessa noite.

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P.S.: O Joe Dassin nunca tocou em Coimbra, Graças ao bom Deus, e o facto de a minha mãe ser apaixonada por ele desde a sua juventude e ouvir a discografia do senhor durante toda a minha infância não me provocou danos psicológicos a longo prazo. Espero eu.