
vestígio da maré-cheia
entre a baía e o estreito
do mar que te rodeia.
Dói-te o vermelho do poente
nos teus lábios de Outono
arde-te essa boca tão quente,
esse rosto de olhos sem sono.
Nem mar, nem luz, nem céu
se fecham com os teus dedos
quando agitas o branco véu,
quando espalhas os teus segredos.
Assim amarras o barco
que se soltou do meu coração:
brincas com a corda e o arco
que me atam à tua mão.
"Quadras" in Teoria Geral do Sentimento
Nuno Júdice
Na pontinha do nariz fizeste-me sentir uma princesa.
2 comments:
haverá coisa melhor do que mostrar ao mundo que ainda existem princesas?!
Toda a alma tem uma face neeeeeegra , nem eu nem tu fugimos à regra ...
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