Uma mão cheia de passas

E se era para ser festa, festa foi o que tiveram todos quantos passaram pelo Salão Brazil na noite do velho 31 para o 1 do novo ano. Boa música durante toda a noite, com casa cheia e mesmo alguns problemas de sobrelotação, que convidaram, em certas alturas, a uma saída para apanhar ar. Em banho-maria ficou um pedido, não cumprido porque à festa não foi permitido alongar-se muito para além do raiar do dia. Era para terminar com a “Decades” dos Joy Division, mas contingências horárias não o permitiram. Fica para a próxima. Ainda que a trabalhar, esta foi sem dúvida uma das melhores passagens das 23 que já me pesam nas costas (ainda que, por óbvios motivos de ordem etária, não recorde mais de metade delas). Faltam sempre uns quantos amigos com quem a partilhar, mas é bom saber que a saudade é mútua do lado de lá de um telemóvel. E não escapando ao conceito do folk-romantismo, nos poucos momentos nos quais houve tempo para tomar fôlego, não podiam faltar bolas de sabão. Desta vez não foi ao som de Suede, mas não faz mal. Plantaram sorrisos nos nossos rostos e nos dos outros. Cumprida foi, portanto, a sua função.

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