Passagem de ano não é propriamente data para nós marcante mas, se a ocasião requer esmero, esmero é o que a ela devotamos com todo o carinho e atenção, para mais tarde recordar a noite do funeral de mais 365 dias de juventude. Plenamente conscientes de que estes ... já não voltam. Ao invés da habitual depressão de final de ano, optamos por conduzir a cerimónia de despedida sob o lema do "anti-depressivismo". Jantar caprichado à luz de velas, banda sonora rock/disco 80s, até porque os Whitesnake, para o mal ou para o mal, marcaram a década ... pelo menos para meia dúzias de pais de família que nunca se conseguiram ver livres da farta cabeleira, motivo de generoso embaraço para toda a família (a ida ao cabeleireiro é só mesmo para aparar as pontas). E, porque jantar sem surpresa no fim deixa sempre um vazio por preencher (já avisava a minha mãe "Deixa espaço para a sobremesa"), porque não renegar, por uma noite que seja, todas as contingências estéticas, e afogar o vício num pote inteiro de Haagen Dazs? Até porque uma noite não são noites e eu gosto sempre de pensar que ainda estou em plena fase de crescimento. Se gosto de me iludir o problema é meu....
Haagen Dazs? Quem ... eu? Nem tinha dado conta.
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Agradeço ao Senhor pelas pequenas iguarias de fim-de-ano.
7 comments:
venho por este meio expressar publicamente a minha imensa gratidão pela tua pronta vontade em combater a minha resolução “Hidroxizina is my best friend”.
foi (apesar das vistas) o jantar de fim de ano mais divertido que alguma vez vivenciei. gostei sobretudo da tua faceta de moça desenvolta a arranjar limões à última da hora. lamento (e tu sabes que eu detesto falhar na cozinha) a falta de tempero do peixe, mas verdade é que Serpins não parou de me azedar toda a santa tarde e noite. e se não gostaram dos pinhões, do pêssego e do queijo fresco na salada para a próxima comem todos arroz com atum que se lixam. (arroz com atum é fixe!)
a luz das velas com os elementos decorativos do teu lado esquerdo (que o João esconde, claramente, de propósito na fotografia) e com a vista à tua frente… tem qualquer coisa de kitsch ultra fashion, nunca esquecendo os whitesnake e a boogie fever… muito bom!
Dulce de Leche para mi amor… siempre…
o Fanz está... coitado... ele não anda bem…
ah bom!!! pensava que tinha deixado de blogar em 2007...
tenho a dizer que:
- o meu irmão joão [10 anos mais velho que eu] ouvia [ouvirá?!] whitesnake e usa o cabelo rapado...
- eu também gosto de pensar - e especialmente de convencer os outros - que estou em fase de crescimento!!! [acho que nunca vou sair desta fase...]
- quanto ao sr. franz, reconheço aquela atitude num seu semelhante... a legenda está fantástica! [eu também gosto de traduzir os pensamentos e as falas mudas do atum!]
mais uma vez, um excelente 2007!***
ver a catarina entrar em minha casa e correr atrás do franz a gritar "cá beijinho à madrinha malcriado!" é delicioso
e ouvir as minhas conversas com o franz é ainda melhor... somos os dois completamente doidos!
o teu irmão só pode ser boa pessoa!!! eu pensava que nunca ninguém tinha ouvido whitesnake com fervor!
Arroz com atum é bem fixe. Com sardinhas de escabeche também. Aliás ... tudo de escabeche tem ar de ser muito fixe.
E passagem de ano sem Whitesnake não tem nada mesmo de fixe. Nada nada ... Quando passam os videoclips na VH1 classics eu lembro-me sempre de repetir várias vezes que adorava ter vivido nos anos 80, e é então que me apercebo de que eu tenho uma mente muito doente. Como aquela história das mini-pegadas douradas do Menino Jesus no dia de Natal. Sick!
Graças a Deus que os Whitesnake à muito que deixaram de ser uma referência no que a estilo diz respeito. Já não digo nada da música, mas pelo menos que já ninguém sinta um perturbados apelo pela farta juba leonina e camisa branca com os botões de cima desapertados para que se veja um bocadinho da penugem peitoral. Supostamente, nos anos 80 era à macho.
Se eu não estivesse em fase de crecimento ... continuava a comer um Danoninho por dia? Enquanto a minha mãe pega num pack daqueles iogurtinhos líquidos para combater o colesterol,eu refastelo-me a escolher o sabor na banquinha dos Danoninhos. Se bem que desde que a Floribella começou a fazer o anúncio ao Danoninho, eu tenho-me revoltado e restrinjo-me àqueles iogurtes com pedaços de pêra do Oeste. Por falar nisso já comia um iogurtinho. Cá vou eu ...
muito gostas tu de escabeche! essa história das mini pegadas douradas, faz-me crer que a minha família não é tão louca como a dela. se bem que a minha avó fazia botas de lã para os gatos!!! e o meu tio fazia-me vestidos de jornal e eu brincava debaixo da cama... naaaa, mini pegadas é pior! muito pior! as minhas crianças também vão te as suas mini pegadas com cores tutti frutti e com vários caminhos...
belo vinho... belo queijo... muito agradada!
ana, eu julgo que junto aos animais [e às crianças] nós nos libertamos de um qualquer peso social e nos comportamos como verdadeiros [a]normais que somos! :)
quanto ao meu irmão [o joão! porque o pedro ouvia U2 e led zeppelin], não sei se ouvia com real fervor, mas lá que ouvia, ouvia! [e era música de vinil!]
Kat, escabeche realmente só pode sugerir coisas boas!
e... queres contar a história das mini-pegadas douradas no menino jesus?!
só mais uma nota... eu já tenho dificuldade em comprar comida que não esteja associada ao noddy e à floribela... esta febre já está a chegar a pontos inaceitáveis...
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