Estranho como o dia de ontem ...

Ele há dias muito estranhos, em que acontecem coisas estranhas, daquelas que raramente acontecem de tão estranhas que são, e ainda por cima todas ao mesmo tempo, sem tempo para respirar ou assimilar tudo de estranho que está constantemente a acontecer.

Estranho, de facto.

Muito.

E de tão estranho se tornar começamos a ignorar as coisas estranhas, mas ainda assim menos estranhas que tudo o resto, passam-nos ao lado sem lhes darmos a devida importância, até que depois de uma noite pouco e mal dormida nos vêm à lembrança coisas estranhas que aconteceram no dia de ontem, e que por serem menos estranhas nem reparámos nelas, quando, de facto, eram as mais importantes de todas as coisas estranhas que aconteceram.

E deixam-nos a pensar nelas por muito tempo.

Estranho.