
A 26.ª edição do Fantasporto, que decorrerá entre os dias 20 de Fevereiro e 5 de Março, surge pejada de novidades primeiro, a escolha de um filme português, Coisa Ruim, da dupla Tiago Guedes/Frederico Serra, para a sessão de abertura oficial, o que é inédito na história do certame; segundo, o acrescento de duas salas, Cinema Passos Manuel e Biblioteca Almeida Garrett, às já habituais do Rivoli (centro nevrálgico) e do AMC; finalmente, e já não contando com curiosidades como a exibição do primeiro filme de zombies irlandês e do primeiro filme de vampiros sueco, a emergência de duas novas secções Bollywood, alegadamente com o melhor cinema feito em Bombaim nos últimos anos, e Love Connection, dedicada a amores e paixões sui generis.
Para a primeira linha passou, pois, o cinema. De Portugal, e em competição na secção oficial Cinema Fantástico, não está só Coisa Ruim. Também Animal, de Roselyne Bosch, uma co-produção luso-francesa com Diogo Infante no papel principal, superou a pré--selecção, reforçando a ideia de uma aposta decidida da direcção do festival no cinema português. Esta 26ª edição apenas vem mostrar que há exemplos recentes da força do nosso cinema e da expressão que as longas-metragens estão a adquirir. Começamos a ter condições para nos afirmarmos no plano internacional. O grosso do contingente nacional é, porém, de formato curto, entre ficção e animação. No primeiro caso, são quatro as sessões previstas, onde se destacam fitas como Vez, de Martin Dale, jornalista e crítico de cinema da Variety que lança um olhar documental sobre Arcos de Valdevez, Shine On, de Rui de Brito, A Piscina, de Iana e João Viana, ou A Rapariga da Mão Morta, de Alberto Seixas Santos. À animação estarão consagradas cinco sessões. A secção que mais promete, contudo, é a Semana dos Realizadores. Nesse lote cabem, de acordo com a menção feita no programa, fitas de autores reincidentes como Anders Thomas Jensen, vencedor da secção em 2003, que traz Adam's Apple, Michael Caton (Rob Roy e City By the Sea), que propõe agora uma leitura dos acontecimentos de 1994 no Ruanda, e Tony Scott, realizador de True Romance, que se faz representar pelo recente Domino.
Na secção Cinema Fantástico, além da presença nacional e dos já citados zombies irlandeses (Dead Meat, de Conor McMahon) e vampiros suecos (Frostbiten, de Anders Banke), pouco há a antecipar, tirando o regresso de Ivan Cardoso, com Um Lobisomem na Amazónia. Kim Ki Duk, esse sim um nome vibrante do cinema internacional, tem duas fitas, The Bow e Samaritan Girl, na secção Orient Express, onde estará também One Missed Call 2, do arrepiante Takashi Miike.
Para saber tudo acerca dos filmes exibição e das categorias nas quais estes competem basta visitar o site do fantas em http://www.caleida.pt/fantasporto/2006/index.html .
É nestas alturas que eu ais sinto falta do Porto.

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