Coldcut : Sound Mirrors

Atenção, atenção ... isto é tudo copy-paste. Shame on me !!!
Mas eu cá não sou muito boa em críticas de álbuns. Gosto e pronto ...

Ao longo de três décadas os Coldcut ganharam estatuto de pioneiros da música de dança britânica e envolveram-se em inúmeras actividades paralelas (compilações misturadas, bandas sonoras, projectos artísticos, remisturas, responsáveis pela editora Ninja Tune), de tal forma que apenas lançaram quatro álbuns de originais. Apesar da posição intocável, foram mais importantes pelos novos caminhos que deram a descobrir (seja quando popularizaram a música-feita-com-samples na década de 80 ou quando mostraram as potencialidades do hip-hop instrumental no alvor dos anos 90) do que propriamente por os terem aprofundado.
Pareciam esquecidos, ainda para mais num contexto em que a música feita a partir de tecnologia se tornou acessível a todos e as sonoridades que ajudaram a validar sofrem os efeitos colaterais da exposição massiva. Mas ei-los com um vibrante álbum mosaico que reflecte os géneros que têm incutido estímulos às músicas de vocação electrónica nos últimos tempos. Pela sua dispersão não está isento de momentos menos conseguidos e não faltará quem o acuse de desorientação, mas uma mão cheia de grandes canções que escapam à lógica "corte-e-costura" aproximam-no até do seu melhor registo de sempre, o clássico "Philosophy" de 1994.
Este é um álbum caleidoscópico que passeia por vários lugares (hip-hop, dancehall, pop, rock, blues ou acid-house), sem se fixar em nenhum deles, revolvendo no que já lá vai, mas fazendo-o sem falsos pudores. Não pretende ser revolucionário e essa pode ser a sua mais valia.