Friday, February 22, 2008
Enjoy the silence
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Se à 2 anos atrás pensasse 2 anos à frente, certamente não me imaginaria como estou hoje. Passei por mais, cresci mais, vivi mais, aprendi mais sobre mim e sobre as pessoas em 2 anos que em todos os outros que ficaram para trás. As grandes mudanças têm a obrigação de enfiar o dedo nas feridas e chafurdar. E temperá-las com sal, até o ardor se tornar difícil de suportar. Eu ainda escondo as minhas por debaixo das roupas e deixo-as sarar na humidade. Custa, mas assim se arranja forma de encarar os dias, bem como todos os que com eles se cruzam. Sempre pensei que no dia em que terminasse este blog teria uma enorme explicação na manga. Também sempre soube que, no dia em que o fizesse, não voltaria atrás. Enganei-me parcialmente. Na verdade não existem grandes teorias. Este blog finda aqui por 2 simples motivos: porque não tem mais razão de existir, e porque já não me faz falta. E é por isso é que andei para aqui, literalmente, a engonhar. Já quanto à irreversibilidade da decisão, essa, é inequívoca. Não há volta a dar. E sempre soube que, quando o dia chegasse, iria cortar de vez com alguma coisa que não sabia muito bem o quê. Este blog nasceu por um motivo. Culmina neste ponto porque deixou de fazer sentido. Na verdade isto andava para ser feito à já uns tempos. Mas decidi esperar até encontrar a tal coisa com a qual queria cortar de vez. Encontrei-a por estes dias, e a sacana esteve sempre ali a bailar-me à frente dos olhos. E também é cego aquele que não quer ver. Pois bem, é com algum alívio que tudo isto acaba aqui. Este blog deu-me muitas alegrias, e de entre elas uma maior que todas as outras. Essa tem valor inestimável e pretendo guardá-la junto a mim. Deu-me também algumas coisas más, e, de entre elas, uma pior que todas as outras. Essa, vou também guardá-la, mas de uma forma diferente. Dou portanto por terminada a parte mais importante da minha vida, até agora claro. A que se segue augura-se muito próspera. Mas desta vez a Menina Folk Romântica já não é mais menina. Riu muito e chorou talvez ainda mais. Foi alvo de grandes alegrias e padeceu de enormes tristezas. E cresceu. Cresceu, mas tem ainda a manga presa, já rota, em qualquer coisa que já não existe em lugar algum que não na sua cabeça. E, como filha única, sempre tive uma imaginação muito fluida.
Encerro então a emissão. Com a certeza de que vou continuar a acompanhar muitos dos que, nestes anos, ocuparam um pouco das minhas navegações. Fica a Visão Folk Romântica só para fazer o gosto ao dente. Um dia destes, com mais tempo, talvez até volte a estas lides, mas há-se ser com algo de completamente diferente. Porque este blog já pouco tem a ver comigo. Porque houve uma quebra de significados. Porque a Menina Folk Romântica simplesmente deixou de o ser. E porque, estranhamente, até se dá muito bem com isso.
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Se à 2 anos atrás pensasse 2 anos à frente, certamente não me imaginaria como estou hoje. Passei por mais, cresci mais, vivi mais, aprendi mais sobre mim e sobre as pessoas em 2 anos que em todos os outros que ficaram para trás. As grandes mudanças têm a obrigação de enfiar o dedo nas feridas e chafurdar. E temperá-las com sal, até o ardor se tornar difícil de suportar. Eu ainda escondo as minhas por debaixo das roupas e deixo-as sarar na humidade. Custa, mas assim se arranja forma de encarar os dias, bem como todos os que com eles se cruzam. Sempre pensei que no dia em que terminasse este blog teria uma enorme explicação na manga. Também sempre soube que, no dia em que o fizesse, não voltaria atrás. Enganei-me parcialmente. Na verdade não existem grandes teorias. Este blog finda aqui por 2 simples motivos: porque não tem mais razão de existir, e porque já não me faz falta. E é por isso é que andei para aqui, literalmente, a engonhar. Já quanto à irreversibilidade da decisão, essa, é inequívoca. Não há volta a dar. E sempre soube que, quando o dia chegasse, iria cortar de vez com alguma coisa que não sabia muito bem o quê. Este blog nasceu por um motivo. Culmina neste ponto porque deixou de fazer sentido. Na verdade isto andava para ser feito à já uns tempos. Mas decidi esperar até encontrar a tal coisa com a qual queria cortar de vez. Encontrei-a por estes dias, e a sacana esteve sempre ali a bailar-me à frente dos olhos. E também é cego aquele que não quer ver. Pois bem, é com algum alívio que tudo isto acaba aqui. Este blog deu-me muitas alegrias, e de entre elas uma maior que todas as outras. Essa tem valor inestimável e pretendo guardá-la junto a mim. Deu-me também algumas coisas más, e, de entre elas, uma pior que todas as outras. Essa, vou também guardá-la, mas de uma forma diferente. Dou portanto por terminada a parte mais importante da minha vida, até agora claro. A que se segue augura-se muito próspera. Mas desta vez a Menina Folk Romântica já não é mais menina. Riu muito e chorou talvez ainda mais. Foi alvo de grandes alegrias e padeceu de enormes tristezas. E cresceu. Cresceu, mas tem ainda a manga presa, já rota, em qualquer coisa que já não existe em lugar algum que não na sua cabeça. E, como filha única, sempre tive uma imaginação muito fluida.
Encerro então a emissão. Com a certeza de que vou continuar a acompanhar muitos dos que, nestes anos, ocuparam um pouco das minhas navegações. Fica a Visão Folk Romântica só para fazer o gosto ao dente. Um dia destes, com mais tempo, talvez até volte a estas lides, mas há-se ser com algo de completamente diferente. Porque este blog já pouco tem a ver comigo. Porque houve uma quebra de significados. Porque a Menina Folk Romântica simplesmente deixou de o ser. E porque, estranhamente, até se dá muito bem com isso.
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Tuesday, February 19, 2008
The boatman's call
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Magoam-me as pequenas coisas. Ainda que exercidas ao abrigo da lei do silêncio. Não consigo disfarçar a mágoa nas ninharias. São, absurdamente, as que mais facilmente me conseguem derrubar.
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Magoam-me as pequenas coisas. Ainda que exercidas ao abrigo da lei do silêncio. Não consigo disfarçar a mágoa nas ninharias. São, absurdamente, as que mais facilmente me conseguem derrubar.
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Monday, February 18, 2008
New lover
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Descobri-os hoje, no programa do Álvaro Costa na Antena 3 (recomendo, aliás, entre as 20 e as 22h). E estamo-nos a dar muito bem.
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Descobri-os hoje, no programa do Álvaro Costa na Antena 3 (recomendo, aliás, entre as 20 e as 22h). E estamo-nos a dar muito bem.
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PNAU: Wild Strawberries
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Saturday, February 16, 2008
I believe in miracles
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Aos incrédulos que não acreditam nos milagres da virgem, ora tomem lá. Não só o Sweeney Todd já estreou em Coimbra (já fui ver e gostei. Enfim, os musicais fazem-me comichão, mas até que me agradou), como todos os outros meus pedidos foram atendidos, à excepção do filme do Wes Anderson. Mas eu agora já acredito em tudo. E ansiosa ando eu para poder ver a tão aclamada portentosa interpretação do Daniel Day-Lewis no filme do Paul Thomas Anderson. Ah, mesmo sem pedir, Juno também vai estrear nesta pequena cidade. Razão para rejubilo. Entrave feito, contudo, à constatação de que, ao que parece, todos os cinemas decidiram seguir o exmplo do TAGV e agora há intervalo a meio do filme em todo o lado. Lamentável. Proveitoso para os que encontram vantagem em ter um intervalinho para reabastecer o stock de coca-cola e pipocas. Para os outros continua a ser lamentável.
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In the mood 4 celebration
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Chromatics : Lady
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The field : Over the ice
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Para além dos discos de Nick Cave e de Bowie, algum Daft Punk e Massive Attack à mistura, ultimamente é este som que me acompanha os dias. E as noites também. Enquanto não chega a hora de finalmente ouvir o novo dos Portishead (pulginhas, pulguinhas). Ah, e concordo com quem me disse um dia destes que o novo disco da Cat Power é chocho. Aliás, é muito chochinho. E dá soninho. Eu que o diga, que ando com falta de recuperar muitas horas de sono e de descanso.
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Monday, February 11, 2008
Verborreico
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Diz-me a Joaninha (que não voa mas bate as asas como gente grande), vestida de femme fatal algures entre o naive e o mulher de cabaret : Opá, tens que escrever mais coisas no blog. Aquilo fica assim meio parado. Ao que, sem me por a matutar, respondo prontamente: Saudades tenho eu do tempo em que tinha tempo para essas coisas.
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Diz-me a Joaninha (que não voa mas bate as asas como gente grande), vestida de femme fatal algures entre o naive e o mulher de cabaret : Opá, tens que escrever mais coisas no blog. Aquilo fica assim meio parado. Ao que, sem me por a matutar, respondo prontamente: Saudades tenho eu do tempo em que tinha tempo para essas coisas.
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Saturday, February 09, 2008
And so the party goes ...
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Foi não à muito tempo que aprendi a gostar do Carnaval. Se não os posso vencer, raios, vou-me então juntar a eles. E a verdade é que, desde então, os resultados têm sido mais que satisfatórios. Vive-se a noite dos faz-de-conta. Mistura-se trabalho com prazer. Mistura-se também com amor. E vive-se a manhã intensamente, como se fosse um prolongamento natural da noite. Desde à uns tempos para cá, como já referi, sou muito feliz no Carnaval.
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Foi não à muito tempo que aprendi a gostar do Carnaval. Se não os posso vencer, raios, vou-me então juntar a eles. E a verdade é que, desde então, os resultados têm sido mais que satisfatórios. Vive-se a noite dos faz-de-conta. Mistura-se trabalho com prazer. Mistura-se também com amor. E vive-se a manhã intensamente, como se fosse um prolongamento natural da noite. Desde à uns tempos para cá, como já referi, sou muito feliz no Carnaval.
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Sunday, February 03, 2008
Birthday gift
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Walk with me now under the stars
For it's a clear and easy pleasure
And be happy in my company
For it's a clear and easy pleasure
And be happy in my company
For I love you without measure
Walk with me now under the stars
It's a safe and easy pleasure
It seems we can be happy now
It's late but it ain't never
It's late but it ain't never
It's late but it ain't never
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Walk with me now under the stars
It's a safe and easy pleasure
It seems we can be happy now
It's late but it ain't never
It's late but it ain't never
It's late but it ain't never
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"Sweetheart come"
Nick Cave
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Hallelujah
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