Friday, August 24, 2007

Energy Saver


A revolução está em marcha cá em casa. Depois de algum trabalho a explicar aos restantes habitantes que azul é para o cartão, amarelo para os plásticos, verde para o vidro e que existe ainda essa tenebrosa criatura chamada pilhão (da qual eu continuo a ter um absurdo terror, mas isso é trauma só meu), começou a tarefa a médio prazo de substituir todas as lâmpadas normais por lâmpadas economizadoras. A ver se esta experiência corre um pouco melhor que a outra. É que ainda ontem, no posto de reciclagem aqui ao lado de casa, estando eu descansada e entretida na separação do material reciclável, surge-me uma senhora já de considerável idade e detentora de um pavoroso francês de Alcochete proferido em tom de voz esganiçado, pega-me no pára-sol do carro que estava ali junto ao pneu traseiro a secar de eventuais resíduos que possam pingar dos sacos, e sem mais rodeios, atira-mo para dentro do contentor azul do papelão. A chatice é que era um pára-sol dos bons, coisa para me ficar no prejuízo de uns 4 euros, no mínimo. A verdade é que eu não estava para enfiar o braço dentro do papelão à cata do raio do pára-sol. E a dita senhora (que não andava em linha recta, antes ziguezagueava) já se afastava com ar de oferecer uma bela carga de porrada a quem a tentasse demover de chegar ao seu destino. Fosse ele qual fosse. E eu, como tenho algum amor à vida, deixei as coisas ficarem assim, em águas de bacalhau. Pode ser que, com as lâmpadas, o sucesso seja mais imediato. Por enquanto, e ali naqueles primeiros 5 minutos depois de ligar o interruptor da cozinha, ainda tenho dificuldade em me orientar. Há que contar sempre com a ajuda da luz do frigorífico. Que como todos sabem, gasta energia como se não houvesse amanhã. É tudo uma questão de hábito. E por uma causa justa.

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