Tideland, de Terry Gilliam
Ántes de mais nada, é preciso sorte para se nascer com o fabuloso nome de
Jeliza-Rose. O futuro não mais poderia ser que fantasioso. Um pai e uma mãe toxicodependentes, ambos mortos no decorrer da história. Uma velha casa encharcada com o acumular de uma intensa camada de pó, náufraga no seio de um mar de trigo dourado. O cheiro fétido do pai morto numa cadeira de balouço. 4 cabeças de boneca pensantes e falantes, com todos os mesquinhos sentimentos humanos. Uma bizarra forma de atenuar o sofrimento, num mundo infantil criado em torno de esquilos que falam e de tubarões que habitam linhas de comboio quase fantasmas. Uma fotografia lindíssima, boas interpretações e uma banda sonora adequada. Nunca se chega a perceber, contudo, que raio de história é que Terry Gilliam pretendia mesmo contar. Diferente de 12 monkeys, sem dúvida, mas o fio condutor está lá. Isso é inegável. Afinal, o mundo dos Monty Python era, sem dúvida, um mundo completamente à parte.
2 comments:
quero muito ver este filme:(
É tão bonito:)
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