
Certo e sabido que, tendo nascido nos anos 80, sou indubitavelmente uma filha da década de 90, e a minha falta de apreço pelo facto é sobejamente conhecida. O que não impede o facto de que grande parte das minhas influências musicais remontam lá atrás, na década onde tudo foi único e piroso ao mesmo tempo. É também à década de 80 que remontam os maiores traumas de infância e adolescências, artistas que aterrorizaram os meus dias, deturparam os meus pensamentos e deixaram na minha memória marcas que, suspeito, causaram danos irreparáveis na minha personalidade adulta. Tarde demais, não há como voltar atrás. E a melhor maneira de os exorcisar é cuspi-los cá para fora.
o primeiro senhor da lista metia-me medo ... muito medo. Pelo penteado espampanante e pelas roupagens vistosas (que, ao que parece, agradavam à maioria das miúdas, mas lá está, nos anos 80 havia muita droga em circulação), pela voz simultaneamente grave e esganiçada, pela verruga (as verrugas eram muito sexy nos 80s), pelo ar animalesco e a pose de garanhão irresistível ... E pela musiquinha que apelava ao coração de todas as senhoras (e senhores) que, mais tarde, na década de 90, constituíram aquilo a que se chamou a Nação Prozac, na altura em que a sua prescrição era remédio santo para todas as maleitas do sistema nervoso e todas as amarguras da alma. Esta música, em particular, é, para mim, arrepiante, e dá pesadelos às criancinhas que hoje em dia, no século XXI, têm liberdade a mais para mexer num comando de televisão e lá vão parar à VH1 quando estão a fazer zapping. A ingenuidade dos pais não faz prever as consequências futuras, porque não basta impedir os petizes de assistir aos desenhos animados violentos e de ter contacto com a pornografia no pequeno ecrã. Lá para o ano 2018 a venda de anti-depressivos vai sofrer um "baby boom".
E como o You Tube não disponibiliza o vídeo aos "blogistas", é carregar aqui para lembrar com emoção.

1 comment:
oooh que horror...
esse senhor é repugnante, realmente so se deve tornar atraente à custa de uma moca descomunal...
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