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Lembro-me perfeitamente, aqui à uns aninhos atrás, já na ressaca da "boa fase" do britpop (na qual os Pulp e os Suede eram os meus ídolos musicais), da antipatia estratégica em termos de marketing entre os Blur e os Oasis. Antipatia essa que acabaria por se converter numa autêntica guerra fora de palcos, alimentada mais pelos grupos de fãs de cada um dos lados da barricada do que propriamente pelas bandas, cujos membros, afinal, até eram bem amiguinhos, e apanhavam grandes bebedeiras em família nas loucas noites londrinas de meados dos anos 90 (recordo uma edição dos british awards na qual Damon Albarn e Noel Gallagher se encontravam, alegremente, a empurrar a animada conversa goela abaixo com umas boas taças de champanhe).
Mas enfim, a disputa servia o seu propósito e os discos vendiam-se a uma velocidade certamente agradável para os senhores que mexem os cordelinhos por detrás das grandes empresas da área.
Pensando um pouco nesse tempos, concluo que sempre fui uma "bluriana" desde que descobri a banda, com o álbum "Parklife". Sim, admito que ouve ali uma fase na qual a Wonderwall dos Oasis teimava em me massacrar o juízo ao ponto de se tornar viciante e ter, inclusivamente, marcado uma curta fase da minha jovem existência. Mas, se partidos tivessem que ser assumidos, eu assumiria o dos Blur, sem dúvida alguma. E os tempos que depois se seguiram, até aos dias de hoje, deram-me razão. Dos Oasis já quase não reza a história, enquanto que os Blur continuam a lançar álbuns francamente muito bons, como este útlimo Think Tank, que me acompanhou o dia de hoje. Marrocos fez muito bem aos miúdos, que já há muito se demarcaram do rótulo "britpop", e nem a saída de Graham Coxon (de cuja carreira a solo nunca fui uma acérrima fã, e de cujo último álbum o melhor que consigo encontrar é mesmo o nome, "Love travels at high speeds") impediu que gravassem um belíssimo álbum. Mas ao que parece, existe um processo de reconciliação já em curso. E o próximo álbum dos Blur vai já contar com a formação original da banda.
Deste álbum escolhi 2 das músicas que mais prazer de dão ouvir, ainda que este seja um daqueles discos que começa a tocar numa ponta e só termina na outra. Sem saltar faixas.
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8 comments:
Também acompanhei bem esse tempo. Entre Oasis e Blur também prefiro os Blur. Conheço os Blur desde o álbum de estreia “Leisure” , fui ao primeiro concerto que deram em Portugal (Figueira da Foz) na tour do álbum Modern Life Is Rubbish.
Para mim eles só funcionam com o Graham Coxon na guitarra. Desculpa-me mas os trabalhos feitos depois da saída do Graham Coxon não são do meu agrado (são opiniões). Para terminar, se ainda ouves os Blur recomendo-te conheceres os álbuns “Leisure” e Modern Life Is Rubbish. São os meus preferidos.
O primeiro álbum dos Blur com o qual tive contacto foi o Parklife mas depois acabei por descobrir também o Leisure e o Modern Life is Rubbish, dos quais gosto bastante, especialmente do primeiro. Mas eu gosto muito do Think Tank e do 13, apesar de os Blur terem quase tantos álbuns quantas fases pelas quais passaram. A evolução era inevitável, os miúdos já são uns senhores, e a euforia rock e pop do início de carreira deu lugar a uma maior calma e maturidade da qual não desgosto de todo. Acima de tudo é difícil comparar álbuns dos Blur. É mais fácil dizer "eu prefiro esta fase ou aquela ...". Eu digo que gosto dos Blur. E claro que a ousadia da guitarra do Graham Coxon faz falta, o que se notou imediatamente nos trabalhos que se seguiram à sua saída. Já agora ... o que achas dos álbuns a solo do Graham Coxon?
eu voto blur!!
marcaram mt mais a minha infância/adolescência do que os oasis. se bem q tb tive uma fase oasis,deve ser pq eles até são uma boa banda mas profundamente irritante! por acaso tenho o think tank e nunca ouvi muito...gosto destas duas q postaste aqui, mas acho que a minha preferida é mesmo a out of time. houve tempos em q foi uma verdadeira obsessão...tocava vezes e vezes sem conta...e por falar nela está-m a dar uma vontade maluca de a ir ouvir! acho que vou buscar o think tank ao fundo da estante...
eu voto blur!!
marcaram mt mais a minha infância/adolescência do que os oasis. se bem q tb tive uma fase oasis,deve ser pq eles até são uma boa banda mas profundamente irritante! por acaso tenho o think tank e nunca ouvi muito...gosto destas duas q postaste aqui, mas acho que a minha preferida é mesmo a out of time. houve tempos em q foi uma verdadeira obsessão...tocava vezes e vezes sem conta...e por falar nela está-m a dar uma vontade maluca de a ir ouvir! acho que vou buscar o think tank ao fundo da estante...
eu voto blur!!
marcaram mt mais a minha infância/adolescência do que os oasis. se bem q tb tive uma fase oasis,deve ser pq eles até são uma boa banda mas profundamente irritante! por acaso tenho o think tank e nunca ouvi muito...gosto destas duas q postaste aqui, mas acho que a minha preferida é mesmo a out of time. houve tempos em q foi uma verdadeira obsessão...tocava vezes e vezes sem conta...e por falar nela está-m a dar uma vontade maluca de a ir ouvir! acho que vou buscar o think tank ao fundo da estante...
Os álbuns a solo do Graham Coxon não são nada do outro mundo, são banais. No ultimo álbum gosto do tema "You & I". Já agora deixo-te aqui um link de uma notícia que li acerca do regresso do Graham Coxon:
http://discodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=22440
Eu adoro os álbuns deles... mas quanto a novo álbum só acredito quando estiver cá fora... o Damon arranja sempre mil e 1 projectos! Gostava era que o Graham voltasse... quero um álbum a 4!
É que já não é a primeira vez que falam em reconciliação... e até agora nada!
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