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É realmente lamentável que em Coimbra a tão mencionada comunidade académica esteja mais interessada em ir para os copos à quinta-feira à noite e apanhar bebedeiras de caixão à cova. Não querendo passar por senhora de inquestionável boa moral, que de boa samaritana também eu pouco tenho, mas é realmente pena que não haja espaço para a tal "alternativa" que muitos gabam. Ser cool parece resumir-se a usar as sapatilhas da moda e a ter um penteado original. É certo que não se pode obrigar ninguém a gostar de rock. Ou de electrónica. Ou de Dub. Ou de Jazz. Mas custa a deglutir que poucos encontrem interesse para além do reggaeton e do hip-hop tuga (categorização, aliás, bastante triste) que bombardeia as noites na grande maioria das discotecas desta cidade.
Ontem à noite o Galeria recebeu os Coconot, banda muito pouco conhecida entre nós, é certo, cujo nome não me era estranho desde Maio deste ano, em Barcelona, onde tive oportunidade de assistir ao concerto destes 3 miúdos que resolveram juntar os Liars e os Aninal Collective num só pote, à mistura com um assumido tropicalismo e, dizem-nos eles, afro-beat para abanar a anca sem pudores. É a fórmula 4 por 4 do Danoninho. Confesso grande pena na constatação de que pouco mais de 15 pessoas se deslocaram até ao local para ver a banda actuar, isto apesar de os cartazes estarem espalhados pelos principais bares e cafés de Coimbra, e de o espectáculo ter sido anunciado na RUC. Esta noite os Coconut actuam no Lost Underground no Porto, e é cá ideia minha que, apesar da falta de conhecimento relativamente à banda, a audiência vai estar bem mais composta que a de ontem à noite. Isto dá cabo de qualquer espírito de iniciativa que vise trazer algo de diferente a Coimbra. Admitamos, existe muito público mas querem todos os mesmo. Ou então a lavagem cerebral é muito bem feita quando chegam à cidade vindos das santas terrinhas para se formarem doutores. E eu cá não acredito que não hajam fãs de Liars em Coimbra. Ou fãs de Animal Collective. Ou simplesmente fãs de rock. E o que são uns míseros 3 euros numa noite de frio quando, faça sol ou chuva torrencial, se gastam dezenas de euros em cerveja e vodka numa noite de quinta-feira nos vários bares e discotecas ditos "estudantis" desta cidade?
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É realmente lamentável que em Coimbra a tão mencionada comunidade académica esteja mais interessada em ir para os copos à quinta-feira à noite e apanhar bebedeiras de caixão à cova. Não querendo passar por senhora de inquestionável boa moral, que de boa samaritana também eu pouco tenho, mas é realmente pena que não haja espaço para a tal "alternativa" que muitos gabam. Ser cool parece resumir-se a usar as sapatilhas da moda e a ter um penteado original. É certo que não se pode obrigar ninguém a gostar de rock. Ou de electrónica. Ou de Dub. Ou de Jazz. Mas custa a deglutir que poucos encontrem interesse para além do reggaeton e do hip-hop tuga (categorização, aliás, bastante triste) que bombardeia as noites na grande maioria das discotecas desta cidade.
Ontem à noite o Galeria recebeu os Coconot, banda muito pouco conhecida entre nós, é certo, cujo nome não me era estranho desde Maio deste ano, em Barcelona, onde tive oportunidade de assistir ao concerto destes 3 miúdos que resolveram juntar os Liars e os Aninal Collective num só pote, à mistura com um assumido tropicalismo e, dizem-nos eles, afro-beat para abanar a anca sem pudores. É a fórmula 4 por 4 do Danoninho. Confesso grande pena na constatação de que pouco mais de 15 pessoas se deslocaram até ao local para ver a banda actuar, isto apesar de os cartazes estarem espalhados pelos principais bares e cafés de Coimbra, e de o espectáculo ter sido anunciado na RUC. Esta noite os Coconut actuam no Lost Underground no Porto, e é cá ideia minha que, apesar da falta de conhecimento relativamente à banda, a audiência vai estar bem mais composta que a de ontem à noite. Isto dá cabo de qualquer espírito de iniciativa que vise trazer algo de diferente a Coimbra. Admitamos, existe muito público mas querem todos os mesmo. Ou então a lavagem cerebral é muito bem feita quando chegam à cidade vindos das santas terrinhas para se formarem doutores. E eu cá não acredito que não hajam fãs de Liars em Coimbra. Ou fãs de Animal Collective. Ou simplesmente fãs de rock. E o que são uns míseros 3 euros numa noite de frio quando, faça sol ou chuva torrencial, se gastam dezenas de euros em cerveja e vodka numa noite de quinta-feira nos vários bares e discotecas ditos "estudantis" desta cidade?
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1 comment:
estou completamente de acordo contigo. apesar de não sair muito à noite, já que ainda moro a algum tempo de lisboa, e em setubal n se passa NADA, acho que a «alternativa» é sempre pouco aceite, para uma juventude padronizada que veste e ouve o que está na moda. mas deixa, é bom sermos do contra! :)
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