Wednesday, December 14, 2005

Ultimamente só oiço Joy Division...


Não sei porquê mas ultimamente só oiço Joy Division em tudo o quanto é lado. Não está no meu leitor de MP3, não pego nos cds à meses, mas Joy Division segue-me para onde quer que eu vá: na rádio, na rua, na secção dos congelados do supermercado.
Chega a se tornar bizarro. O que é que isto quer dizer?
a «Love will tear us appart» é bem uma das músicas da minha vida, daquelas que já não ouvimos há muito tempo mas que não conseguimos evitar esboçar um sorriso saudosista de cada vez que a ouvimos, nem que nesse momento estajemos perante um impasse na nossa vida, como o de escolher entre levar rissóis de peixe ou camarão. Eu até nem gosto de rissóis...
Os Joy Division são bem banda da minha adolescência, numa altura em que Seattle era o centro do mundo, mas eu nunca fui muito miúda do grunge e orgulho-me de nunca, nunca ter colocado um poster de Nirvana na parede do meu quarto.
Crescer mun meio no qual os camisolões de lã e as calças rotas pelos joelhos eram requisito obrigatório para integrar a comunidade alternativa não foi fácil, contudo não deixou em mim traumas psicológicos significativos. E eu sempre me mantive fiel ao que sou...
Eu era bem uma pita mais orientada, e passei os mais tenros anos da minha juventude ao som de Joy Division, New Order, Depeche Mode, The Smiths e coisas do género.
Desconfio que me deve ter dado um fanico quando descobri que o Ian Curtis se tinha enforcado. Sempre fui meio dada a paixões platónicas...
Contudo, enquanto que à minha volta o mundo parecia entrar em luto, a morte de Curt Cobain me passou completamente ao lado.
Não sou daqueles que ainda hoje se questionam o porquê do suicídio de Ian Curtis. O gajo matou-se e pronto!!! Se não o tivesse feito não se tinha tornado a lenda que hoje é. Mais vale assim do que tornar-se um Shaun Ryder ou um Frank Black dos nossos tempos, completamente escavacados e com ideias deturpadas de que muita gente gostava de os ver de volta à vida musical activa.

Trauma, trauma, é ter que viver com o facto de que a música que mais marcou a minha infância, lá para os meus 7/8 anos, foi a «Final Countdown» dos Europe. Não é coisa de que me orgulhe, mas assumo-o como uma das cabeçadas que tive que dar na vida para me tornar a pessoa sapiente e orientada que sou. Há quem conteste...
Abençoada altura em que me orientei na vida...

2 comments:

ana... said...

Mais pura... eu já assisti a essa bizzaria... la la la... uma pessoa anda muito bem na praça pra estacionar... e lá começam eles: "Hoje vamos falar de uma banda mítica... Joy Division" e depois venham-me cá dizer que sou doida... eles é que provocam

Unknown said...

Mui bien, gostei de saber que a criadora deste blog, cresceu a ouvir Musica, mesmo do melhor...