Procuramos seguir o conselho de Polônio a seu filho Laertes, em Hamlet:
“Não empreste nem peça emprestado, quem empresta perde o amigo e o dinheiro, quem pede emprestado já perdeu o controle de sua economia”.
Mas qual de nós não precisou, um dia, recorrer a alguém para o leite das crianças? Qual de nós não teve o prazer de emprestar a um amigo em dificuldade?
E assim nos vimos diante do dilema da dívida.
O pagamento das suas dívidas é o resgatar da sua dignidade. Com dívidas em atraso, especialmente com os que lhe são próximos, não se pode considerar digno perante si, quanto mais perante os outros. E a estes, os outros, como poderá erguer a cabeça e olhar de frente, olhos nos olhos, sem vergonhas ou receios, ciente de que não deve nada a ninguém?
Há dívidas e dívidas.
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